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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Candangão no Mané Garrincha

Finais do Candangão no Mané Garrincha

  Evelin Campos, ComCopa
Brasília e Luziânia decidirão o título do Campeonato Brasiliense nos dias 10 e 17 de maio. Ingressos começam a ser vendidos nesta quarta-feira (7/5) a partir de R$ 1

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A programação no Estádio Mané Garrincha segue movimentada. A arena será palco das finais do Campeonato Brasiliense de Futebol 2014, entre Brasília e Luziânia. O primeiro jogo será neste sábado (10/5), e a partida de volta, no dia 17 de maio. A bola vai rolar sempre às 16h.

Pelo segundo ano consecutivo, o torneio local será decidido no Estádio Nacional. Em 2013, Brasília e Brasiliense se enfrentaram em 18 de maio. O jogo, vencido pelo Jacaré, marcou a inauguração da nova arena. De lá até agora, 767 mil pessoas passaram pelo Mané Garrincha, em 39 eventos, sendo 28 partidas de futebol.

Quem quiser ver de perto o campeão do Candangão 2014 pode comprar ingressos a partir desta quarta-feira (7). Os preços das entradas para cada partida variam entre R$ 1 e R$ 20 (veja abaixo o serviço).

Preços acessíveis - Os valores acessíveis são um convite à população, que terá a oportunidade de assistir a mais um jogo no estádio que receberá, em junho, astros como Neymar e Cristiano Ronaldo em sete partidas da Copa do Mundo da FIFA™.

Para o secretário Extraordinário da Copa 2014, Claudio Monteiro, os jogos no estádio incentivam o futebol da cidade e atraem o público. “Com bom futebol e a presença da família brasiliense, faremos um espetáculo na arena a apenas um mês para a Copa do Mundo. O futebol do DF está se organizando e sei que chegaremos a um patamar maior”, destaca.

Em 2014, a competição reuniu 12 times, sendo três equipes de Goiás e de Minas Gerais. Ao todo, foram 72 jogos, incluindo primeira fase, quartas de final e semifinal. Um dos clássicos do campeonato foi disputado no Mané Garrincha: Brasiliense e Gama, pela sexta rodada.

Vantagem - O Luziânia, time com a melhor campanha na primeira fase do torneio, terá a vantagem de jogar pelo empate na soma de pontos dos jogos de ida e volta. Segundo o presidente do clube, Daniel dos Santos, a equipe não vê a hora de estrear no novo Mané. “Estamos ansiosos para os jogos, temos com um time comprometido e vamos dar nosso melhor”, garante.

Embalado pelo título inédito da Copa Verde, conquistado no Mané diante de 51 mil torcedores, o Brasília também acredita na vitória. “Vencemos um campeonato nacional recentemente, com casa cheia, e agora o grupo está bastante focado nas finais do Candangão, pois é um título importante. Esperamos o apoio da torcida para que possamos vencer depois de 27 anos”, afirma o gerente de futebol do Brasília, Régis Carvalho.

O presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Josafá Dantas, aposta em um grande público no Mané. “A realização dos jogos no estádio tem um gostinho especial. Com certeza será um verdadeiro espetáculo, que refletirá o crescimento, o fortalecimento e a valorização do nosso futebol”, ressalta.

Serviço:

Finais do Campeonato Brasiliense de Futebol 2014
Datas: 10 e 17 de maio, às 16h

Preços dos ingressos:

- Arquibancada Inferior: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
- Área VIP (Hospitality): R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
- Arquibancada Superior: R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia)

Pontos de venda:

- Sede do Brasília Futebol Clube (Setor Comercial Norte, Quadra 1, Bloco F, Sala 1017 – Edifício America Office Tower)
- Pirma Artigos Esportivos (SRS 513, Bloco C, Loja 62 – Asa Sul)
- Loja do Correspondente Bancário do BRB na Rodoviária do Plano Piloto
- Bilheteria móvel no estacionamento leste do Estádio Mané Garrincha (voltado para o Brasília Shopping). Atendimento das 9h às 17h.

Balão do Aeroporto

Balão do Aeroporto pronto para a Copa

  ComCopa
Ampliação da DF-047, obra de mobilidade urbana na Matriz de Responsabilidades da Copa, vai beneficiar pelo menos 160 mil brasilienses diariamente. Confira o que já foi entregue pelo GDF na preparação da cidade para o Mundial

Fotos: Andre Borges/ComCopa
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A ampliação da DF-047, via que liga o Aeroporto JK ao centro de Brasília, está entregue, facilitando não apenas a chegada e saída do terminal mas, também, a vida de pelo menos 160 mil pessoas que passam diariamente pelo local, em 80 mil veículos. Única obra de mobilidade urbana do DF na Matriz de Responsabilidades da Copa, a DF-047 integra um conjunto maior de melhorias feitas em toda a cidade para receber os sete jogos do Mundial, que ficarão como legado, beneficiando toda a população nas áreas de transporte, infraestrutura, segurança, atendimento ao turista, entre outras. A entrega da obra é mais um compromisso cumprido pelo Governo do DF.

Ao inaugurar a obra, na manhã desta segunda-feira (05/05), o governador Agnelo Queiroz destacou a importância desse momento para a população do Distrito Federal. “É mais uma realização de uma lista de projetos bem-sucedidos, como o estádio Mané Garrincha, viadutos, asfalto, creches... São obras de primeira qualidade entregues antes do prazo. Disso não abrimos mão. Obras que vão dinamizar a atividade econômica, o desenvolvimento social, a geração de emprego e renda em todo o Distrito Federal”, afirmou.

20140505ASB 0223balao aeroporto2Entre as intervenções na DF-047, está a ampliação e restauração das duas pistas existentes, a reforma do balão do aeroporto e a construção de um viaduto de acesso e duas vias marginais. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF), com as mudanças na via, haverá redução de 40 minutos no tempo de viagem.

Economia – Mas a diminuição no tempo do percurso não é o único balanço positivo da obra. O investimento total, inicialmente previsto para R$ 98 milhões, foi fechado em R$ 54 milhões. Uma economia de R$ 44 milhões aos cofres públicos. Isso só foi possível com a utilização de tecnologias diferenciadas na construção do túnel.

O taxista Tasso Alberto, 60 anos, ressalta que a conclusão das obras vai dinamizar a sua rotina de trabalho: "Nas horas de pico, a gente perdia muito tempo no trânsito, o passageiro ficava nervoso. Dirijo em Brasília há 39 anos, e finalmente, vou poder ir e voltar do Plano Piloto sem preocupação".

Mané Garrincha – O ponto de partida de todos esses benefícios para a cidade foi a construção do Estádio Mané Garrincha. Graças à nova arena, Brasília foi escolhida para receber a abertura da Copa das Confederações, em junho do ano passado, e o número máximo de jogos para uma cidade-sede no Mundial de 2014.

Inaugurado em maio de 2013, o estádio já recebeu 39 eventos, entre partidas de futebol, shows e agendas institucionais, com público de mais de 767 mil pessoas. E para cada R$ 1 investido na construção do Mané Garrincha, o GDF garantiu outros R$ 4 para infraestrutura, mobilidade urbana e segurança. 

Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra a importância do retorno dos investimentos feitos pelo GDF e Governo Federal para a cidade. Só a Copa das Confederações movimentou R$ 2,8 bilhões na economia local, abrindo 39 mil oportunidades de trabalho. A previsão é que na Copa do Mundo FIFA o montante chegue a R$ 8,9 bilhões.

20140505ASB 0423balao aeroporto14O estádio teve papel decisivo na escolha de Brasília para receber grandes eventos esportivos além da Copa do Mundo. A cidade será sede das Olimpíadas de 2016 no futebol e vai receber a Universíade (maior evento esportivo universitário do mundo) em 2019. Eventos que vão movimentar ainda mais a economia do Distrito Federal, contribuindo para a geração de renda e emprego na cidade.

Confira o que já foi entregue:

Segurança: Entre os compromissos assumidos pelo Governo do Distrito Federal na preparação da cidade para o Mundial e já entregues está, também, o Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), que vai coordenar as ações durante a Copa do Mundo na capital federal, 24 horas por dia e sete dias por semana e depois do megaevento será um instrumento importante no combate à criminalidade no DF.

Turismo: Dois centros Móveis de Atendimento ao Turista já estão em funcionamento. Brasília foi a primeira cidade-sede a entrega-los, numa parceria com o Governo Federal. Além dos dois CATs Móveis, três Centros de Atendimento ao Turista Fixos estão em operação, hoje, no DF. No Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek, na Rodoviária Interestadual de Brasília e na Praça dos Três Poderes.

Sinalização: Para a Copa do Mundo, o Governo do Distrito Federal investiu em um total de 1.896 placas, para a sinalização de vias e monumentos. A novidade será a instalação de placas com orientações sobre os pontos turísticos da cidade. São dois tipos de placas: interpretativas e indicativas. As interpretativas trazem informações detalhadas sobre o monumento, em português, inglês e espanhol. Já as indicativas orientarão sobre a direção a tomar. As informações serão disponibilizadas em português e inglês.

Iluminação: A Companhia Energética de Brasília (CEB) entregou em dezembro do ano passado a Subestação Estádio Nacional, instalada na área externa da arena. A estrutura, uma das mais modernas do país, vai abastecer não apenas o estádio, mas principalmente a área central da cidade. O investimento foi de R$ 23,4 milhões. Agora, a empresa investe na revitalização da iluminação de todo o Eixo Monumental.

Aeroporto: Um grande investimento também foi feito no Aeroporto Internacional de Brasília. Já foi entregue a primeira etapa da ampliação da reforma. Este mês, ainda está prevista a entrega do Píer Norte, em fase final de obras. A meta do Consórcio Inframerica, administrador do aeroporto, é aumentar a capacidade anual do terminal de 16 para 21 milhões de passageiros até agosto de 2014. Um investimento de R$ 1,2 bilhão.

Ciclovias: O programa de Mobilidade por Bicicleta prevê a construção de 600km de ciclovias até o final de 2014. Até agora, foram construídos 430km de pistas para bikes em todo o Distrito Federal.

Paralimpíadas de 2016

Histórias do Mané

  Kleyton Almeida, ComCopa
Exemplo de superação, paratleta conhece o Estádio Nacional de Brasília e torce para que jogos de futebol da Paralimpíadas de 2016 também venham para a arena brasiliense
Fotos: Fabiano Neves/ComCopa
Histórias do Mané paraatleta Foto Fabiano Neves

Quando entrou pela primeira vez no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, Pedro Henrique Martins, 23 anos, não conteve a emoção. Disparou uma série de perguntas sobre a arena, desde o tamanho do gramado, passando pelo número de assentos, até como foi instalada a cobertura, numa ânsia de conhecer os mínimos detalhes do mais novo cartão-postal da capital.

A curiosidade aguçada do jovem surpreende, principalmente quando se sabe que ele foi desenganado pelos médicos e hoje, aos 23 anos, esbanja saúde e uma alegria de viver sem limites. Velocista paratleta, ele é bicampeão brasileiro dos 400 metros e, agora, treina para garantir uma vaga na equipe de atletismo nas Paralimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Morador da Ceilândia, Pedro foi diagnosticado com paralisia cerebral quando nasceu. E, desde então, com apoio da mãe, a técnica de enfermagem Sandra Martins, de 40 anos, vem escrevendo uma história de superação.

Orgulho - Pedro conheceu a arena brasiliense num dos passeios guiados do projeto GDF Junto de Você, que leva moradores das regiões administrativas para visitar o estádio. “Sou brasiliense e tenho orgulho de fazer parte do esporte da capital. E com esse novo monumento, a cidade atraiu grandes eventos esportivos”, diz, emocionado.

O paratleta ressalta que seria uma oportunidade única se o estádio sediasse alguma partida de futebol para modalidades com limitações físicas. “Será um belo espetáculo. Quem sabe durante as Paralimpíadas do Rio alguma partida seja disputada no estádio...”, conta o atleta. 

Histórias do Mané paratleta Foto Fabiano NevesPersistência e dedicação são os ingredientes que fazem a trajetória de sucesso de Pedro. O rapaz percorre uma hora de ônibus, todos os dias, para sair de casa, em Ceilândia, e chegar ao local de treinamento, no Recanto das Emas. E tanto esforço valeu a pena.

Em 2011, ele conquistou, em São Paulo, o bicampeonato nos 400 metros, e em abril deste ano participou pela primeira vez do Open Internacional, competição que reúne os melhores paratletas de vários países como Rússia, Estados Unidos, Croácia, Japão e África do Sul. O brasiliense ficou em quarto lugar nos 400 metros, e em quinto nos 200 metros. “Provei que somos donos do nosso destino. Para quem não podia nem andar, já fiz muito”, afirma o velocista.

Planos – Mesmo com limitação de locomoção por conta da paralisia em uma das pernas e a dificuldade na fala, o paratleta tenta seguir uma vida normal. Neste ano, conseguiu a aprovação para cursar teologia em uma faculdade do DF. Mas pretende adiar os estudos, já que sua prioridade, agora, é conquistar uma vaga nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. “Minhas chances são reais nos 1.500 metros. Se continuar fazendo minha parte, Brasília terá um representante na cidade maravilhosa”, aposta.

O campeão é acompanhado voluntariamente pelo técnico e professor Manuel Evaristo, do projeto Clube dos Descalços Caixa, idealizado pelo medalhista olímpico Joaquim Cruz. O treinador garante que Pedro é uma das grandes revelações do programa. “Revelamos vários atletas e Pedro é um grande talento. O maior desafio dele agora é participar das Paralimpíadas e sei que ele é capaz”, ressalta.

Estádio Mané Garrincha

Brasília multicultural

  Evelin Campos, ComCopa
Secretário de Cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira

Fotos: Andre Borges/ComCopa
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“Quando disseram que o Estádio Mané Garrincha seria um elefante branco, pensei: a pessoa que disse isso deve ser neta da pessoa que, quando Brasília foi construída, disse que o Lago Paranoá não ia encher”, diz o secretário de Cultura, Hamilton Pereira, sobre a arena que em apenas 11 meses de operação recebeu 39 eventos e um público de 760 mil pessoas.

Agora, Brasília está em contagem regressiva para os sete jogos que serão disputados na cidade durante a Copa do Mundo da FIFA. E fora de campo, uma lista extensa e diversificada de opções culturais estará à disposição dos turistas e dos moradores do Distrito Federal. Alguns dos principais monumentos da capital, por exemplo, exibirão mostras e exposições relacionadas ao futebol.

Em Taguatinga, talentos nacionais e locais farão a alegria dos torcedores na FIFA Fan Fest, evento com shows e exibição pública das partidas. Para Hamilton Pereira, o Mundial será uma janela para mostrar ao mundo todo o potencial da cidade: “O evento é a oportunidade única que Brasília tem de oferecer as múltiplas faces do Brasil, que fazem parte das expressões culturais que temos aqui”, aposta, orgulhoso.

Confira a entrevista com o secretário de Cultura do DF:

Quais as opções culturais mais interessantes que os turistas que vierem para os sete jogos em Brasília encontrarão?

Brasília vai receber com dignidade os seus turistas. Não apenas os que forem ao estádio, mas os que visitarem nossos pontos turísticos. Temos a Praça dos Três Poderes, com o Panteão da Pátria devidamente recuperado e com excelentes exposições. 

Ao lado do estádio, as pessoas podem usufruir do Clube do Choro. E se os turistas quiserem ir além do Plano Piloto, podem ir à Casa do Cantador, que apresentará o repente brasileiro, em Ceilândia. São apenas alguns exemplos da riqueza que temos aqui.

Haverá uma programação específica durante o Mundial?

No período da Copa teremos mostras de cinema no Cine Brasília, que também foi restaurado, além de exposições no Museu da República, pensadas para o Mundial, inclusive relacionadas ao futebol. 

Nós queremos ampliar a oferta do ponto de vista da cultura brasileira, tendo em vista que, no Brasil, o futebol é mais do que um esporte. É uma dimensão da identidade, e, portanto, da cultura do país.

A Copa do Mundo é uma oportunidade de mostrar os potenciais culturais da capital do país?

Sem dúvida. O evento é a oportunidade única que Brasília tem de oferecer as múltiplas faces do Brasil, que fazem parte das expressões culturais que temos aqui.20140411ASB 3010sec cultura5

E temos espaços para todas essas expressões?


Aqui precisa ter, e tem, lugar para todas as manifestações culturais do país. Se você vai a Ceilândia, é como se estivesse em Campina Grande, na Paraíba. Se você vai a Planaltina, se sente como se chegasse a uma pequena cidade do interior de Goiás. Em Taguatinga, é como se estivesse em Uberlândia, Minas Gerais.

Já o Cruzeiro lembra São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro. Brasília é isso. Esse mosaico produz expressões culturais que buscamos estimular e que todo o mundo verá durante o megaevento.

Durante o Mundial teremos a FIFA Fan Fest. O senhor pode falar sobre a escolha do Taguaparque ?
O espaço é ideal para uma festa dessa proporção, pois está localizado no maior conjunto habitacional do DF, que abrange Águas Claras, Vicente Pires, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, por exemplo. Juntas, essas regiões representam algo em torno de 55% a 60% da população do DF.

O governador Agnelo Queiroz pediu que a festa fosse democrática e popular e o Taguaparque é o local ideal, representa isso.

Os shows vão animar os brasilienses e turistas na FIFA Fan Fest, e a bola vai rolar em sete jogos no Mané Garrincha. Como o senhor avalia o aproveitamento do novo estádio até agora?

20140411ASB 2987sec cultura3O Mané é um estádio moderno, belíssimo, e que, aos olhos dos adversários de Brasília, parecia inviável. Da mesma forma, quem olhasse para o craque, o jogador Mané Garrincha, com as pernas tortas, não imaginava que ali se escondia um gênio. Pois bem: o atleta Garrincha deu certo, e o estádio Mané Garrincha também. É a arena com renda recorde entre os estádios do Brasil e a maior presença de público.

O estádio já é uma referência?

Quando disseram que o estádio seria um elefante branco, pensei: “a pessoa que disse isso deve ser neta da pessoa que, quando Brasília foi construída, disse que o Lago Paranoá não ia encher”. Então, a arena multiuso deu certo, como a cidade deu certo.

Esse equipamento é uma necessidade para a capital do país e a sociedade já o acolheu como espaço de referência. Portanto, ele já faz parte da história e da identidade da capital do Brasil.

De que forma o estádio se insere na política de cultura do DF?

Em primeiro lugar, Brasília não ganhou um estádio. Brasília ganhou uma arena multiuso. Isso significa que a população da capital do país recebeu um equipamento dos mais modernos do mundo, com capacidade para sediar grandes eventos esportivos, culturais ou de qualquer outra natureza. Isso nos coloca no circuito dos grandes eventos internacionais. 

Com essa condição e a tecnologia do estádio, teremos agendas cada vez mais diversificadas. Espaço não falta. É uma cidade, bonita, equipada e preparada para receber eventos de todo tipo.

A Secretaria de Cultura tem planos de estimular a apresentação de artistas locais no estádio?

Agora nós estamos trabalhando sempre levando em consideração que temos essa possibilidade. Evidentemente, a arena, propriamente dita, é para grandes eventos. Mas o estádio, hoje, está desenhando o seu perfil de serviços para a cidade. Recebemos recentemente o pianista Arthur Moreira Lima para uma demanda menor, o lançamento de um livro. Isso mostra que as opções de espaços são variadas. 

Estamos atentos para dialogar com a Secretaria Extraordinária da Copa para que o espaço possa acolher as demandas que chegam de fora, e ao mesmo tempo abraçar a produção cultural de Brasília.

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Brasília tem tido muitas manifestações culturais nos espaços públicos. Os grandes eventos que estão vindo para a cidade ajudam a aumentar essa mobilização?
A nossa perspectiva aqui é de estimular isso. Nós trabalhamos com três critérios fundamentais para a formulação e execução da política pública de cultura: democratizar o acesso, descentralizar o investimento e estimular o talento local. 

Trabalhamos a partir dessa visão e chamando a atenção para o fato de que Brasília tem manifestações culturais de diversas partes do país. Por isso, a cidade precisa ter lugar para todas. E precisamos estimular isso, juntamente com os eventos que a cidade recebe.

Cruzeiro x Atlético-PR

Festa celeste no Mané Garrincha

  Bianca Moura, ComCopa
Com apoio da torcida de Brasília, Cruzeiro vence Atlético-PR de virada pela terceira rodada do Brasileirão. Torcedores levaram a equipe da Raposa à vitória. Técnico e jogadores se sentiram em casa
Fotos: André Borges/ComCopa
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O mandante do jogo era o Atlético-PR. Mas quem se sentiu em casa no Mané Garrincha, na noite deste sábado (3/05), foi a equipe do Cruzeiro, que com o apoio datorcida celeste de Brasília venceu de virada o Furacão por 3 a 2. Mais uma prova de que o Estádio Nacional é dos torcedores de todos os times do país. Dessa vez, o show foi comandado pelos cruzeirenses brasilienses, grande maioria dos 12.093 torcedores presentes.

Para o técnico do Cruzeiro, Marcelo Oliveira, a torcida foi fundamental na virada da Raposa. “Nos sentimos em casa. O torcedor contagiou o time, empurrou, levando a equipe à vitória nesses estádio que oferece bastante conforto e tem um gramado excepcional”, destacou após a partida.


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A reação dos jogadores não foi diferente. O ponta Luan disse que o Cruzeiro parecia mandante do jogo. “Parecia que a gente estava jogando em casa, está de parabéns a torcida também”. O armador Marlone contou, após a partida, que os jogadores ficaram impressionados com a presença dos cruzeirenses no Mané Garrincha antes do jogo: “Com certeza, quando entramos para o aquecimento, já sentimos o arrepio e a vitória é mérito deles, que empurram a gente.”

Acesso – E não foi apenas dentro do estádio que a partida transcorreu em clima de harmonia e tranquilidade. Do lado de fora, o torcedor chegou com antecedência e não houve qualquer incidente no acesso às arquibancadas e nem registro de filas. Quando o apito soou no início da partida, às 18h30, os torcedores estavam devidamente acomodados em seus assentos.

Foi o caso do mecânico de aeronaves Jonatas Eleozir, 31 anos, e da nutricionista Sônia Guimarães, 29 anos, que estiveram, pela primeira vez, no Mané Garrincha. “O acesso é muito bom, não tivemos nenhum transtorno. Saber que temos a possibilidade de ver um jogo do nosso time, sem precisar viajar, é muito bom”, elogiou o torcedor do Cruzeiro.20140503ASB 9321xjogo atletico pr e cruzeiro2

Para o secretário Extraordinário da Copa, Claudio Monteiro, a presença da torcida celeste prova que Brasília tem público para todos os times. “Isso valoriza o espetáculo e acaba permitindo que esse estádio tenha alma. Ou seja, as torcidas se façam presentes e deem vida a essa arena”, explicou.

Programa de família – Ir ao Mané Garrincha já virou um dos programas favoritos de muitas famílias do DF. O casal cruzeirense Cornélio e Cássia Araújo, 35 e 33 anos, respectivamente, quando tem oportunidade, faz questão de levar a pequena Sofia, de 2 anos, à arena brasiliense. “Já assistimos aqui a Seleção Brasileira, o Brasília, além de outros clubes grandes que não são o nosso. É um ótimo programa para fazer com a família e amigos”, definiu o torcedor.

20140503ASB 9327xjogo atletico pr e cruzeiro3Mesmo em minoria no estádio, o profissional de educação física Fabiano Follador, 42 anos, não teve dúvidas quando soube que o Atlético Paranaense jogaria na cidade: tinha que prestigiar o Furacão, na companhia dos filhos, os gêmeos Theo e Lucca, de seis anos, todos devidamente uniformizados. “É muito bom ter tranquilidade para trazer os filhos ao estádio, com a certeza de que não vai ocorrer nada com a sua família”, explicou.

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