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| Fotos: Andre Borges/ComCopa |
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Alunos da rede pública do Distrito Federal viveram, neste sábado (26/04), as emoções dos grandes jogadores europeus no torneio Eurocopa Mirim. Representando seleções de países como Finlândia, Chipre, Dinamarca, Alemanha e Romênia, eles deram um show de bola, de conhecimento sobre Direitos Humanos e levaram familiares e amigos ao Parque da Cidade para um dia de muita diversão.
O torneio é uma parceria da União Europeia com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o Governo do Distrito Federal. E logo em seus primeiros jogos, alguns talentos começaram a despontar. Foi o caso de Ketellin Cristine de Souza, aluna de Brazlândia. Em duas partidas, ela já tinha balançado a rede sete vezes para o time da União Europeia. E queria mais. “Quero ultrapassar a marca de dez gols”, brincou.
Ketellin quer seguir carreira no futebol e se espelha na rainha da modalidade: a atacante Marta, que brilhou no Torneio Internacional de Futebol Feminino em dezembro, no Mané Garrincha.“Sempre gostei muito de assistir aos jogos, mas nunca tinha jogado assim, pra valer”, comentou o estudante de Santa Maria João Paulo Fernandes, 12 anos, que jogou representando a Dinamarca.
Além da experiência em campo, João aprendeu lições valiosas de cidadania. “Os professores passaram muitas lições sobre respeitar os que são diferentes de nós. Já sabia disso, mas é sempre bom reforçar”, afirmou.
Cidadania - A Eurocopa Mirim faz parte do projeto “Futuro em Jogo”. A iniciativa envolve 320 crianças de 10 a 12 anos de 32 escolas de todo o DF, levando para a sala de aula lições sobre diversidade e cidadania. Em campo, a competição acontece nas modalidades masculina e feminina.
“O evento concretiza nosso status de cidade mundial, aberta às relações internacionais, e reforça nossa preocupação com os direitos humanos, fundamentais para o desenvolvimento econômico e social”, explicou o secretário da Assessoria Internacional do GDF, Odilon Frazão.
Relevância – O representante especial da União Europeia para Direitos Humanos, Stavros Lambrinidis, veio a Brasília especialmente para prestigiar o evento. Ele falou sobre a relevância de competições internacionais como a Copa do Mundo da FIFA™, que o Brasil realiza em junho, para a promoção da cidadania.“Os megaeventos esportivos são uma oportunidade incrível para promover direitos humanos em todo mundo. Na Copa, representantes de diversos países, etnias, religiões e culturas convivem juntos, em harmonia”, explicou.
Stavros ressaltou, ainda, que o Brasil enfrenta desafios na área de promoção de direitos que podem ser superados a partir da competição. “A União Europeia é aliada dos brasileiros na luta contra o turismo sexual e outros crimes que podem ser atraídos pelo fluxo de pessoas. Sinto-me honrado em poder trabalhar junto com o Brasil, às vésperas de um evento deste porte, na conscientização de crianças e adolescentes”, completou.
Visita ao estádio – No intervalo do torneio – pouco antes de Chipre, com estudantes do Núcleo Bandeirante, e Romênia, com alunas de Planaltina, se sagrarem campeões –, os representantes da União Europeia aproveitaram para conhecer o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, que receberá sete jogos da Copa do Mundo da FIFA™. “É um estádio muito grande e bonito. Sobre seus aspectos
sustentáveis, é muito importante que o meio-ambiente seja protegido, seja em megaeventos ou não”, elogiou Stavros.Para ele, o Mundial é uma oportunidade importante para que o país veicule mensagens positivas. “O Brasil pode mandar ao mundo essa mensagem de paz e união entre os países que resume a Copa do Mundo”, declarou.
A impressão positiva do Mané Garrincha foi compartilhada pela embaixadora-chefe da União Europeia no Brasil, Ana Paula Zacarias. “É impressionante, muito bonito. Assim, vazio, já é bonito. Cheio de gente, deve ser maravilhoso!”, disse a diplomata, que estará no estádio para assistir Suíça x Equador na abertura da Copa do Mundo da FIFA™ em Brasília.
Para o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, o resultado é um presente maravilhoso para Brasília. “É a maior resposta que poderíamos dar para os pessimistas, para quem não acredita na cidade. Antes da Copa do Mundo, estamos mostrando resultado. Mais de 45 mil pessoas conhecendo o estádio a preços acessíveis, mostrando a nossa perspectiva para os próximos 50 anos. Podemos ser campeões em tudo”, declarou Agnelo.
Homenagem –
Lar, doce lar –
O esmeraldino Luiz Gomes Moura, 66 anos, veio pela primeira vez ao Mané Garrincha. “Já estou na melhor idade, e não esperava viver tanta coisa boa a essa altura. Estar num estádio tão lindo, ver a Copa no meu país, é uma emoção histórica”, declarou.
Aniversário - O coronel Affonso Heliodoro, pioneiro de Brasília, foi homenageado durante o evento. Aos 98 anos de idade, ele também se emocionou no estádio: “Brasília era pequena, tímida e moça. Agora estou aqui nesse templo do futebol candango. A sensação neste momento, só sente quem já tem pouco tempo para viver tudo intensamente como eu”.
