Testes comprovam qualidade do gramado no Mané Garrincha
Mateus Rodrigues, ComCopa
Avaliação confirma o bom estado do solo e da grama do Estádio Nacional de Brasília. Resultado atesta: arena já está pronta para o Mundial
Fotos: Andre Borges/ComCopa |
Daqui a menos de quatro meses, jogadores como Neymar, Eto’o e Cristiano Ronaldo estarão no Estádio Nacional de Brasília para os jogos da Copa do Mundo da FIFA™. E, quando entrarem em campo, encontrarão um gramado em condições ideais. Em janeiro, a excelência da cobertura vegetal do Mané Garrincha foi comprovada, mais uma vez, pelos testes científicos da entidade máxima do futebol.
Segundo o engenheiro agrônomo responsável pela arena, Ricardo Kornelius, Brasília já atingiu o “padrão FIFA” e poderia receber jogos do Mundial imediatamente. “Fizemos uma série de medições, e todos os parâmetros estão dentro do exigido. Independentemente de opiniões ou palpites, os resultados são incontestáveis”, garante.
Entre os itens avaliados e aprovados, estão a umidade do solo, a altura de corte da grama e o impacto da bola no chão (veja listagem abaixo). A última bateria de testes científicos foi realizada pela FIFA no dia 27 de janeiro. Até o início do Mundial, em 12 de junho, outras medições serão feitas para garantir a qualidade das 12 arenas.
O secretário Extraordinário da Copa 2014, Claudio Monteiro, endossa a avaliação. “Realizamos uma série de partidas no ano passado, e desde o começo estamos nos preparando, com foco na Copa do Mundo. Quando as seleções chegarem a Brasília, vão encontrar um estádio de primeiro mundo, com um gramado liso, bonito, parecendo uma mesa de bilhar”, afirma.
Trabalho contínuo – Mesmo o gramado tendo alcançado um bom nível, a meta é elevar a qualidade ao máximo. Por isso, Kornelius explica que, nos próximos meses, o “tapete” do estádio receberá uma nova variação de sementes, mais adaptada ao clima de inverno. “É um processo de sobressemeadura (overseeding), realizado como rotina em todo estádio de ponta”, conta. Tudo dentro do cronograma de manutenção já previsto.
A nova grama se soma à que já está plantada, e garante que a bola e os jogadores deslizem tranquilamente por toda a área. A grama do Mané Garrincha, da espécie Bermuda celebration, é a mesma cultivada no Estádio Camp Nou, em Barcelona.
A rotina de manutenção do estádio inclui cuidados diários, que não interferem no funcionamento da arena. “O campo está ótimo e poderia receber dez, quinze jogos por mês. Mas a meta é a Copa do Mundo”, explica.
Programação - Brasília receberá o número máximo de jogos da Copa do Mundo para uma cidade-sede. Serão sete partidas, incluindo uma disputa das oitavas, uma das quartas de final e a definição do terceiro lugar. O alto número não preocupa a equipe responsável pelo gramado.
“Em dezembro, tivemos dez jogos em nove dias, e a final foi disputada em um gramado perfeito”, lembra Kornelius, referindo-se ao Torneio Internacional de Futebol Feminino. Ele aponta ainda que, além dos jogos oficiais, as equipes do Mundial fazem reconhecimento do campo no dia anterior. “É como se sedíassemos 21 jogos. Mas estamos prontos. O gramado vai dar um show.”
Em visita a Brasília no início do mês, o diretor-executivo do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Trade, também elogiou a arena e afastou a preocupação com a grama. “O gramado está bom, e tem que ficar assim até os jogos. Mas a gente quer que o estádio seja usado (antes da Copa), sabemos que isso é importante. É bom para o futebol”, declarou.
Legado – A qualidade dos estádios brasileiros é um dos principais legados da Copa do Mundo da FIFA™ para o país. Serão 12 arenas, nas cinco regiões do Brasil, com cobertura vegetal de ponta e equipes plenamente capacitadas para manter a qualidade após o evento.
Conheça os quesitos mais relevantes avaliados:
Dimensões – A padronização das arenas começa pelo tamanho do campo: são 105 metros de comprimento, e 68 de largura. Dentro das quatro linhas, o corte da grama forma 20 faixas visíveis, paralelas às linhas de fundo. A altura da grama também é uniformizada, com folhas de 18 a 22 milímetros.
Tração de superfície – É uma das principais medidas, e diz respeito à ordenação da grama e à qualidade das plantas. Se o gramado estiver muito duro e entrelaçado, pode travar a chuteira dos jogadores e causar lesões graves. Se estiver muito fofo, torna-se escorregadio e também gera risco.
Compactação do solo – Esta medição se reflete no impacto sobre as articulações dos jogadores, e no “quique” da bola. Se o solo estiver muito duro, compactado, a bola quica muito alto e escapa aos jogadores. Se estiver muito fofo, a bola “morre no chão” e os passes ficam mais curtos. Para os atletas, a compactação correta é fundamental no planejamento das jogadas.
Umidade do solo – Importante para avaliar a “saúde” da grama. Assim como em qualquer plantio, o cuidado com a quantidade da água se reflete na nutrição e no vigor da planta.
A rotina de manutenção do estádio inclui cuidados diários, que não interferem no funcionamento da arena. “O campo está ótimo e poderia receber dez, quinze jogos por mês. Mas a meta é a Copa do Mundo”, explica.
Programação - Brasília receberá o número máximo de jogos da Copa do Mundo para uma cidade-sede. Serão sete partidas, incluindo uma disputa das oitavas, uma das quartas de final e a definição do terceiro lugar. O alto número não preocupa a equipe responsável pelo gramado.
“Em dezembro, tivemos dez jogos em nove dias, e a final foi disputada em um gramado perfeito”, lembra Kornelius, referindo-se ao Torneio Internacional de Futebol Feminino. Ele aponta ainda que, além dos jogos oficiais, as equipes do Mundial fazem reconhecimento do campo no dia anterior. “É como se sedíassemos 21 jogos. Mas estamos prontos. O gramado vai dar um show.”
Em visita a Brasília no início do mês, o diretor-executivo do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Trade, também elogiou a arena e afastou a preocupação com a grama. “O gramado está bom, e tem que ficar assim até os jogos. Mas a gente quer que o estádio seja usado (antes da Copa), sabemos que isso é importante. É bom para o futebol”, declarou.
Legado – A qualidade dos estádios brasileiros é um dos principais legados da Copa do Mundo da FIFA™ para o país. Serão 12 arenas, nas cinco regiões do Brasil, com cobertura vegetal de ponta e equipes plenamente capacitadas para manter a qualidade após o evento.
Conheça os quesitos mais relevantes avaliados:
Dimensões – A padronização das arenas começa pelo tamanho do campo: são 105 metros de comprimento, e 68 de largura. Dentro das quatro linhas, o corte da grama forma 20 faixas visíveis, paralelas às linhas de fundo. A altura da grama também é uniformizada, com folhas de 18 a 22 milímetros.
Tração de superfície – É uma das principais medidas, e diz respeito à ordenação da grama e à qualidade das plantas. Se o gramado estiver muito duro e entrelaçado, pode travar a chuteira dos jogadores e causar lesões graves. Se estiver muito fofo, torna-se escorregadio e também gera risco.
Compactação do solo – Esta medição se reflete no impacto sobre as articulações dos jogadores, e no “quique” da bola. Se o solo estiver muito duro, compactado, a bola quica muito alto e escapa aos jogadores. Se estiver muito fofo, a bola “morre no chão” e os passes ficam mais curtos. Para os atletas, a compactação correta é fundamental no planejamento das jogadas.
Umidade do solo – Importante para avaliar a “saúde” da grama. Assim como em qualquer plantio, o cuidado com a quantidade da água se reflete na nutrição e no vigor da planta.
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