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quinta-feira, 10 de abril de 2014

ComCopa

Histórias do Mané

Determinado e apaixonado pela profissão, Sidney de Matos da Silva é encarregado de materiais no Mané Garrincha desde 2010. “Fazer um estádio para uma Copa do Mundo é algo histórico”, orgulha-se
Fotos: Andre Borges/ComCopa
Sidney Histórias do Mané Foto Andre Borges 5

Milhões de toneladas de materiais foram usados do início da construção à conclusão do novo Estádio Mané Garrincha. Desde pequenos parafusos até a mais complexa estrutura metálica: tudo passou pelo olhar atento de Sidney de Matos da Silva. Aos 39 anos, ele comemora a oportunidade de ter visto o gigante ser erguido.

Contratado no dia 1º de setembro de 2010, o baiano de Camaçari é um dos funcionários mais antigos do estádio, onde ainda trabalha. Ao ser convidado para uma vaga na arena, ele não hesitou. Saiu do emprego em uma empresa de construção de prédios residenciais em Águas Claras e abraçou o projeto, que ele garante: ficará para sempre na memória. Trabalha como encarregado de materiais.

Sidney Histórias do Mané Foto Andre Borges 1“Fazer um estádio para uma Copa do Mundo é algo histórico, que provavelmente farei só uma vez na vida. Vou poder contar para meus filhos e netos”, emociona-se Sidney, que participou de todas as etapas da construção. Todo o esforço valeu a pena. Com a remuneração recebida no estádio, Sidney pôde concluir a faculdade de ciências contábeis. “Por duas vezes eu pensei em desistir, mas aqui também encontrei apoio para que continuasse”, diz.

Arrepio - Sidney chegou a Brasília em 1996 para trabalhar nas obras do metrô. Ele deixou para trás o emprego no ramo industrial de sua cidade-natal e deu os primeiros passos como comprador de materiais no setor da construção civil. De lá para cá, o baiano atuou em várias obras.

Mas nenhuma tão cheia de aprendizado como a do Mané Garrincha. “Eu até arrepio! Ainda hoje eu fecho os olhos e não acredito que participei disso tudo desde o começo. Agora, sempre que olho para o estádio, eu me emociono”, afirma.

Apesar da correria diária do trabalho no almoxarifado, Sidney sempre reservava um momento para admirar a construção. “Todo sábado à tarde eu dava uma volta na obra para ver como ela estava se desenvolvendo”, revela, com um brilho nos olhos. “Gosto muito da arquibancada superior, pela grandeza e a inclinação”, elogia.

Sidney Histórias do Mané Foto Andre Borges 6Guia - Sidney relembra a sensação após a conclusão da obra. Na inauguração, entre Brasília x Brasiliense, o baiano levou a esposa, a filha de 11 anos e os sobrinhos para conhecerem a arena. “Fui o guia deles”, gaba-se o encarregado.

Agora, prepara a torcida para a Seleção Brasileira no Mundial: “Temos chance de chegar ao hexa!”. Satisfeito por ter ajudado a construir o estádio que receberá nossos craques, ele planeja fazer uma pós-graduação na área de suprimentos para continuar a caminhada na construção civil.

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