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terça-feira, 8 de abril de 2014

Histórias do Mané

Histórias do Mané

  ComCopa
Olhar atento e trabalho em equipe fazem parte da rotina do coordenador de Segurança do Estádio Nacional de Brasília. Responsável por integrar as equipes que atuam na arena, o coronel Lima Filho é o guardião dos torcedores
Fotos: Andre Borges/ComCopa
Histórias do Mané coronel Lima Filho Foto Andre Borges 1

Nem todos que entram no Mané Garrincha para assistir a um jogo de futebol ou a um show sabem que estão sendo acompanhados de perto pelo olhar do coronel Lima Filho. Atento a cada movimento dentro e fora da arena, o coordenador de Segurança da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) é o responsável por garantir que os eventos ocorram num clima de alegria e tranquilidade. O sucesso na missão já rendeu a ele o título de guardião dos torcedores.

Policial militar há 26 anos, o coronel Lima Filho trabalhou no operacional das unidades de Santa Maria e Gama, foi instrutor na Academia da Polícia Militar e comandou um batalhão em Samambaia. Para ele, que nasceu no Rio de Janeiro mas tem coração brasiliense, participar de um projeto importante como o Mané Garrincha é uma de suas maiores realizações profissionais.

Histórias do Mané coronel Lima Filho Foto Andre Borges 3Experiência – Convidado em 2012 para o cargo, não pensou duas vezes para aceitar. “Está sendo uma oportunidade de crescimento profissional, de usar novas técnicas. Aprendi coisas diferentes, que têm sido e serão muito úteis no futuro, pois esse modelo de segurança em grandes eventos está sendo seguido por países em todo o mundo. E eu gosto de desafios”, ressalta.

Após a experiência adquirida em cerca de 30 eventos desde a inauguração do novo Mané Garrincha, em maio de 2013, o coronel avisa: ter muito jogo de cintura é fundamental para atuar à frente da segurança e garantir a festa de públicos tão grandes. “É preciso ter capacidade de dialogar com pessoas diferentes, mas o ambiente é de parceria e companheirismo. A integração na segurança pública é o grande legado para o Distrito Federal”, destaca.

As atenções do militar, agora, estão voltadas para o próximo desafio da arena, que receberá sete jogos da Copa do Mundo da FIFA™ em menos de três meses. “É um orgulho muito grande colaborar em um evento como a Copa”, diz Lima Filho, que acredita que o gol dentro de campo não será o único feito a ser comemorado. “O estádio foi concebido nos padrões internacionais de segurança. Temos tudo para sermos bem-sucedidos”, afirma.

Operação – Alinhar os procedimentos com as equipes de segurança, inspecionar o estádio, acompanhar a entrada do público, cobrir todos os locais durante o evento, e verificar a saída, a dispersão e o trânsito ao final de tudo. O checklist é longo, mas essencial. Para ver tudo isso de perto, Lima Filho chega à arena duas horas antes de cada evento e só sai de lá duas horas após o fim. “Centralizo as informações locais e federais, se for o caso, para que o trabalho seja integrado. Planejamos tudo antes do evento, colocamos em prática, e depois identificamos os motivos dos acertos e dos erros e definimos soluções”, explica.

Histórias do Mané coronel Lima Filho Foto Andre Borges 2O principal posto de trabalho do coronel é a Sala de Comando e Controle. No local, 400 câmeras fixas e giratórias monitoram as áreas interna e externa do estádio, com foco de aproximação de até 800 vezes com nitidez. Uma equipe com 16 pessoas treinadas opera os equipamentos. “Tem que ter um olhar atento e apurado para captar as imagens e identificar coisas suspeitas. Nunca tivemos uma sala como essa. Tudo isso, somado à qualificação das forças de segurança, favorece um trabalho de qualidade”, garante.

Ações preventivas –
 Agir com rapidez e precisão quando necessário é uma das tarefas das equipes de segurança. “Temos de ter muita concentração porque o problema pode surgir numa fração de segundo”, avalia Lima Filho. Mas saber prevenir é outro ponto fundamental para preservar a tranquilidade durante os eventos no estádio.

Por isso, todos os riscos em potencial são listados com antecedência pelo anjo da guarda do estádio. Tumultos na entrada, brigas entre torcidas, atentados e a ação de cambistas são alguns exemplos. “Ficamos atentos até a possibilidade de chuva, pois as pessoas vão se deslocar e isso pode provocar tumulto. Planejamos tudo para reduzir ou eliminar o risco”, esclarece o coronel.

Crescimento – Filho de policial militar, Lima Filho nasceu e foi criado bem próximo dos profissionais da segurança pública. O pai tocava na banda da PM, o que o inspirou a seguir os mesmos passos. Após dois anos como músico na banda da corporação, tocando clarinete, ele entrou para a primeira turma de oficiais da corporação, em 1990.
Aos 46 anos, bacharel em Direito, casado e pai de quatro filhos, ele garante que toda a experiência de sua trajetória contribuiu para que ele chegasse aonde está.
 

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