Carnaval - DF

Carnaval continua em debate na Secretaria de Turismo

  Da Redação

Foto: Hmenon Oliveira/Agência Brasília

Secretário busca soluções para realizar o evento

em reunião com diretores de escolas

de samba e blocos de rua

O secretário de Turismo, Jaime Recena, reuniu-se, nesta terça-feira, com os representantes das Ligas das Escolas de Samba, que apresentaram algumas propostas para que o evento possa se adequar à realidade financeira do Distrito Federal. Foram discutidos também a data, o local e a organização do carnaval.

"Ontem, apresentamos a situação complicada em que o DF se encontra para as escolas, e a gente pediu que elas nos sugerissem alternativas. Em seguida, vamos nos reunir com o Comitê de Gestão e Avaliação para analisar a melhor forma de organizar o carnaval", destacou o secretário de Turismo, Jaime Recena, que fez questão de frisar que não partiu do governo a possibilidade de mudança de data.

A parceria com empresas privadas para a realização de grandes eventos na capital foi ressaltada pelo secretário da pasta como uma "alternativa salutar".  Segundo Recena, vários carnavais do país têm fortes marcas envolvidas, e Brasília deve abrir esse diálogo. "O Estado não pode ter todo o ônus nesses eventos. A gente pretende abrir espaço para que empresas sejam parceiras."

A presidente da Escola de Samba Capela Imperial de Taguatinga, Cíntia Aquino, comentou: "Vamos ter que nos adequar para conseguir cumprir a meta de redução de gastos para contribuir com o governo Rollemberg. Com isso, podemos realizar um grande carnaval".

Nos próximos dias, o secretário deve se reunir com outros dirigentes para decidir sobre os festejos. "O carnaval é uma manifestação cultural importante, que gera emprego e renda, e o governo está atento para solucionar essa questão."

O presidente da União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do Distrito Federal, Geomar Leite, defende o desfile carnavalesco no Plano Piloto: "Acho que o melhor espaço é em frente à Torre de TV, mas vamos acatar o que o governo decidir".

Para o presidente da Liga dos Blocos de Rua Tradicionais, Gean de Souza, a mudança de data não é uma alternativa. "Nós admitimos até negociar o repasse do recurso em três parcelas, se for o caso, para facilitar."

De acordo com a Secretaria de Turismo, alguns pagamentos deveriam ter sido feitos às escolas de samba e aos blocos no ano passado, mas os repasses não ocorreram. O projeto para o carnaval de 2015 foi aprovado em julho de 2014. A primeira parcela deveria ter sido entregue em outubro último, mas nenhum dinheiro foi depositado.