Policial Militar - DF

Policial Militar muda hábitos 

e vira ultramaratonista

  Da Redação, com informações da PMDF

Foto: Divulgação

Sedentário e acima do peso, Adão Alves deixou de lado a má alimentação e o alcoolismo para se dedicar ao esporte

 Determinação e disciplina. Essas foram as duas medidas que o policial militar Adão Alves da Silva, 46 anos, tomou para entrar de cabeça no universo esportivo, deixando para trás o sedentarismo e a má qualidade de vida. Para quem antes não tinha uma vida regrada e chegou a pesar 98 quilos, correr numa ultramaratona de 24 horas de duração é mais que um desafio.

A mudança de hábito ocorreu um ano após um alerta médico de que a saúde do militar não estava nada bem. "Corri atrás de bons profissionais na área médica, nutricional e de educação física", disse Adão. Ele revelou que tomava três remédios por dia contra a pressão alta e quatro para controlar as taxas de triglicerídeos.

O alcoolismo também fazia parte da rotina do policial. "Mudei meu estilo de vida, graças ao esporte. Meus colegas me conheceram alcoólatra e sedentário, agora dei a volta por cima e virei um consultor no quartel", comemora.

A rotina de Adão começou a mudar com o fim das saídas noturnas para dar lugar aos treinos, que, durante quatro horas por dia, de segunda a sábado, são ocupados por corridas. O militar ainda acorda cedo para ajudar a esposa nas tarefas domésticas.

DESAFIO - O primeiro desafio foi uma corrida de 5 km na Esplanada dos Ministérios. O trecho de subida não era tão extenso, mas era o maior temor do novo atleta, que repetiu o percurso exaustivamente para encontrar motivação. Na corrida seguinte, Adão já corria os 10 km. Mas a grande meta era disputar uma ultramaratona.

O sonho foi realizado no fim do mês passado, na Ultramaratona de Valinhos, no interior de São Paulo. Adão ficou em segundo lugar na categoria 45 a 49 anos. Nas 24 horas de duração da corrida, percorreu 145 km na pista de 1,4 km.

"O corpo estava exausto, mas o coração alegre por mais um desafio cumprido", afirma o militar. Ele correu efetivamente 23h22min. Os 38 minutos não computados foram gastos nas trocas de tênis, blusa e para se alimentar. Com o desgaste físico, ele perdeu sete quilos.

TORCIDA – A esposa de Adão torceu aflita pelo marido. Em casa, no Gama, ela diz não ter conseguido sair de casa. "Não almocei, fiquei só rezando para ele dar conta". O alívio só veio quando a filha do casal viu, pela internet, que ele havia concluído a prova. "Tinha medo de ele não terminar a corrida, passar mal. Só fiquei calma quando ele voltou para casa", confessa.

META - Satisfeito com o bom desempenho, ele ambiciona agora concluir os 235 km da Ultramaratona Internacional dos Anjos, em Minas Gerais, em julho de 2015. A carreira de atleta, apesar de bem-sucedida, pode dar lugar à de treinador. Adão agora está estudando Educação Física.