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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Claudio Monteiro

Mané Garrincha se consolida como arena multiuso

  Evelin Campos, ComCopa
Em entrevista ao PORTAL BRASÍLIA NA COPA, secretário Extraordinário da Copa 2014, Claudio Monteiro, destaca o sucesso dos eventos no estádio e a agenda esportiva e cultural que a arena receberá antes do Mundial

Fotos: Lula Marques
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A Seleção Brasileira conquistou, em solo brasileiro, o tetracampeonato da Copa das Confederações. E foi no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, em 15 de junho, que a equipe deu o primeiro passo da trajetória vitoriosa. Duas semanas depois, a arena multiuso recebeu 45 mil pessoas em seu primeiro evento cultural – o espetáculo Renato Russo Sinfônico.

Agora, o Mané Garrincha se prepara para, antes da Copa do Mundo de 2014, cumprir uma agenda intensa de jogos do Campeonato Brasileiro – a exemplo da partida entre Flamengo x Coritiba, realizada neste sábado (6/7) – e shows internacionais como Beyoncé e Aerosmith, programados para setembro e outubro.

Em entrevista exclusiva ao Portal Brasília na Copa, o secretário Extraordinário da Copa 2014, Claudio Monteiro, garante que este é apenas o início de um legado que vai mudar a realidade da capital do país. “Estamos trabalhando para ter uma agenda fechada até o mês de outubro, com no mínimo 10 clássicos do futebol e dois grandes shows. Eventos como esses trazem um impacto na economia local, o que se traduz em emprego e renda”, afirma.
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Qual o balanço da participação de Brasília e da estrutura do estádio na Copa das Confederações
Tivemos a alegria de realizar a abertura da Copa das Confederações, com a estreia do Brasil em Brasília, inaugurando esse espaço e recebendo o calor da torcida. O começo dessa caminhada vitoriosa se deu na cidade, que recebeu a seleção em um espaço magnífico e singular. Tudo ocorreu conforme o planejado, sem nenhuma ocorrência. Esse foi um teste fundamental para a Copa do Mundo de 2014 e com certeza estamos preparados.

O estádio teve seu primeiro evento cultural, após receber três partidas de futebol em nível local, nacional e mundial. É a consolidação do potencial multiuso da arena?

Mostrar que o estádio é uma arena multiuso foi exatamente a proposta de se fazer um show logo depois dos jogos. Brasília tinha todos os ingredientes: uma das maiores rendas per capita do país, carência de grandes eventos e torcida. O que faltava para que a cidade se posicionasse no cenário nacional e internacional era um espaço adequado. Agora temos tudo. O estádio será um instrumento de desenvolvimento econômico do Distrito Federal e vai estimular os setores de serviços, hotelaria e comércio. Eventos como esses trazem um impacto na economia local, o que se traduz em emprego e renda. Nossa tarefa agora é movimentar a agenda e atrair o público.

coletiva-17Neste sábado a arena recebeu mais uma partida do Campeonato Brasileiro, com Flamengo x Coritiba. O que isso representa para Brasília?

Representa mais um ganho para a cidade. O objetivo de um espetáculo como esse jogo é dar oportunidade de lazer para a população, mas também movimentar a economia e gerar emprego e renda. Essa é a função social dessa arena. Esse jogo, com estádio cheio novamente, é apenas a confirmação de tudo o que já sabemos: que Brasília tem público para esses eventos, pois é a síntese do Brasil, com torcidas de todos os tipos. A festa foi muito bonita e transcorreu com um alto grau de civilidade, típica do brasiliense. Assim como nos demais eventos, não tivemos ocorrências graves. Esperamos que seja sempre assim.

O que já está previsto na programação do estádio até o final de 2013?

Estamos trabalhando para ter uma agenda fechada até o mês de outubro, com no mínimo 10 clássicos do futebol. Já temos solicitações do Flamengo e do Fluminense e estamos conversando sobre a quantidade de jogos que ocorrerão aqui. Por enquanto, estão confirmados Flamengo x Vasco no dia 14/7, pelo Brasileirão, e Flamengo x Asa no dia 17/7, pela Copa do Brasil. Além disso, há dois grandes shows já programados: Beyoncé, em 17 de setembro, e Aerosmith, no dia 23 de outubro. A meta é incrementar ainda mais essa agenda até o final do ano, para que a população de Brasília tenha sempre uma opção para se divertir com a família e os amigos, em total segurança e conforto.

coletiva-20Com tantos eventos, o gramado vai precisar de um tratamento extra...

Será sempre assim, porque nós queremos ter uma pauta intensiva no estádio. Nosso objetivo é fazer uso constante dessa arena. Vamos promover jogos de todas as modalidades esportivas e shows, tomando cuidados permanentes com a preservação e recuperação do gramado, que é o grande palco dos eventos, para manter o alto padrão de Brasília.

Os valores fixados em decreto do GDF para realização de jogos de futebol no estádio, de 13% da renda bruta para as cinco primeiras partidas, e 15% a partir da sexta, podem inibir os times?

Não. No evento-teste entre Santos x Flamengo, em 26 de maio, a renda foi de R$ 6,9 milhões, a maior da história do futebol brasileiro. O valor inicial cobrado funcionou como estímulo para mostrar a todo o Brasil que é bom jogar aqui. E estamos abertos a propostas e à possibilidade de fechar pacotes de eventos, com condições mais atraentes. Um time poderá reduzir essa aplicação jogando em outros locais, mas não contará com o público que se tem em Brasília. Aqui o organizador terá a certeza de uma grande arrecadação. O desafio será sempre o de quebrar o recorde de público dos eventos anteriores.

coletiva-21Por que o GDF cobrou uma taxa de ocupação menor para o jogo Santos x Flamengo?

Tínhamos a obrigação de fazer um evento-teste antes da abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão, com casa cheia, e precisávamos atrair os times para jogar aqui. Por isso o valor cobrado foi menor. Não arcamos com custo de operação para cumprir uma obrigação determinada pela FIFA, então acabou sendo um investimento para mostrar o potencial da nossa arena em Brasília. O bom resultado se confirmou com a renda histórica do jogo e estimulou os times, que estão nos procurando com propostas para agendar partidas no estádio.

A previsão é de que o estádio seja administrado por uma empresa privada, por meio de concessão. Como está esse processo?

Ao mesmo tempo em que conduzimos uma agenda, estamos trabalhando no processo de licitação, que irá ocorrer antes da Copa do Mundo de 2014. Essa programação de eventos que estamos construindo é importante para mostrarmos aos possíveis interessados que, ao contrário do alguns pessimistas diziam, o estádio tem total viabilidade de exploração e não será elefante branco. O que não queremos é que a arena fique sem uso até a licitação. E os empresários podem se preparar para a disputa, pois quem alugar o espaço terá de estabelecer uma agenda intensa de eventos, que o Governo do Distrito Federal já provou ser possível em termos de renda e de público.

coletiva-18O vencedor da concorrência também deverá promover o uso comercial dos espaços da arena?

Sim. Temos uma arena que é um centro de convivência. As pessoas vão chegar de manhã, visitar lojas, frequentar a academia, ir ao banco, ao teatro, ao cinema, para depois participar do evento. Isso é o que esperamos que seja feito a partir da operação de uma empresa com expertise para administrar um empreendimento como um shopping e uma arena de eventos. Efetivamente, o estádio será um instrumento de desenvolvimento econômico e social do DF.

Quais os principais legados que a Copa do Mundo e o atual governo deixarão para a população do DF?

Dentre os investimentos que o governador Agnelo Queiroz está fazendo em toda as cidades do Distrito Federal, o estádio faz parte de um política pública mais ampla que prioriza a melhoria da qualidade de vida do brasiliense, com grandes investimentos na Saúde. Foram aplicados R$ 5,8 bilhões no setor em apenas dois anos, o que representa um aumento de 118% nos recursos em relação ao governo anterior. Há também uma revolução na Mobilidade Urbana, com a realização da primeira licitação do transporte público da história do DF. Assim a população ganha um serviço confortável, seguro e de qualidade com os primeiros ônibus que começam a ser entregues. Queremos que as pessoas possam ir ao estádio em um transporte público eficiente. Tudo isso fica como legado para a população do DF.
flamengo e Curitiba-9-geral

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