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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Mané Garrincha

Lixo Zero no Mané Garrincha

  ComCopa

Arena multiuso será inserida em programa internacional de reaproveitamento total de resíduos. No jogo Brasil x Japão, 48% do lixo produzido foi reciclado. Fim do lixão da Estrutural está previsto para dezembro
Foto: Lula Marques/ComCopa
Lixo Zero - Lula Marques 2

Com a meta de tornar o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha referência em reciclagem de lixo, a Secretaria Extraordinária da Copa 2014 e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) pretendem inserir a arena no conceito Zero Waste. Utilizado em países da Europa, como Suécia e Itália, e nos Estados Unidos, o Lixo Zero é um programa de aproveitamento total de resíduos.

O objetivo é reutilizar ao máximo os resíduos, reduzindo ou eliminando o encaminhamento do lixo para aterros sanitários e incineradores. Na prática, o programa prevê que materiais que hoje são descartados de forma errada sejam corretamente reaproveitados e utilizados como matéria-prima em usinas e fábricas.

Isso é feito por meio de ações de reciclagem, compostagem (reaproveitamento de orgânicos), educação ambiental e pela inserção do conceito dos 3Rs – reduzir, reaproveitar e reciclar. O estádio será o projeto-piloto do programa, que vai ser ampliado a órgãos do GDF, empresas e incorporado aos hábitos da população.

A previsão é que, em 2014, o lixo produzido durante os sete jogos da Copa do Mundo no Mané Garrincha já tenha alto índice de aproveitamento. A adesão ao programa será com a Aliança Internacional do Lixo Zero (Zero Waste International Alliance – ZWIA), entidade responsável pelo movimento em todo o mundo.

Nova cultura – Segundo o diretor do SLU, Gastão Ramos, o projeto vai mudar a realidade da gestão de resíduos no Distrito Federal. “É uma transformação no estilo de vida e na cultura de toda a sociedade. O objetivo é, no futuro, não precisar de aterros e incineradores e reaproveitar todo o lixo”, destaca o diretor.

A preocupação com a destinação correta do lixo, no entanto, já começou. Na abertura da Copa das Confederações, realizada em 15 de junho na partida entre Brasil x Japão no Mané Garrincha, um total de 48% dos resíduos recolhidos pelo SLU na arena foi reciclado por cooperativas e pela usina de compostagem. Os trabalhadores ficaram com toda a renda resultante da venda do material.

Fim do lixão na Estrutural – Daqui a 13 dias, em 30 de julho, está previsto o resultado da licitação da empresa que vai construir o Aterro Sanitário em Samambaia. O projeto segue todas as normas ambientais. Essa é uma das medidas necessárias para desativar o lixão da Estrutural. A previsão é que, se os trâmites da licitação transcorrerem dentro da normalidade, o lixão seja desativado em dezembro deste ano, seis meses antes do início da Copa do Mundo. Ao todo, 24 empresas retiraram o edital.

Os cerca de 3 mil catadores de 32 cooperativas serão absorvidos pelos 12 Centros de Triagem, que serão instalados no modelo de manejo de resíduos sólidos do Distrito Federal. Lá, o lixo reciclável será processado e o não reciclável será encaminhado ao aterro. Os centros serão construídos em várias regiões do DF. Os 12 galpões estão em fase de licitação.

A terceira medida essencial para a desativação do lixão é a realização da coleta seletiva em todo o DF. O resultado da licitação para escolha das empresas que vão executar o serviço sai no dia 12 de agosto. Com essas políticas públicas, o GDF vai acabar com as condições desumanas dos catadores do lixão da Estrutural, resultado de anos de descaso que a atual gestão está empenhada em mudar.

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