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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Distrito Federal

Uma nova realidade para a mobilidade urbana no Distrito Federal

  ComCopa
Em entrevista exclusiva ao PORTAL BRASÍLIA NA COPA, o vice-governador Tadeu Filippelli destaca os investimentos em mobilidade urbana realizados pelo Governo do Distrito Federal. Obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) vão começar
As melhorias na mobilidade urbana serão um legado para Brasília dos grandes eventos esportivos, como a Copa de 2014, avalia o vice-governador Tadeu Filippelli, ao falar de um tema que recebe dele atenção especial, juntamente com o governador Agnelo Queiroz. Em primeira mão, ele traz as novidades sobre a retomada da licitação do VLT, destaca a importância das obras do BRT, ligando Santa Maria e Gama ao Plano Piloto, e fala da licitação para a renovação do serviço de transporte público coletivo no DF. Acompanhe os principais trechos da conversa.
Foto: Ronaldo Silva/GDF
Filippelli 1

O senhor pode falar sobre os investimentos que o governo está fazendo em mobilidade urbana? E estão todos relacionados à Copa?

Na verdade, do ponto de vista da mobilidade, nós tivemos apenas um item na matriz da Copa, de alcance duplicado, que era o VLT e a estrada de acesso ao aeroporto. Eram duas obras, porém fazendo parte de apenas um item da matriz de responsabilidade, no que se referia à melhoria da mobilidade em Brasília.

E por que o Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, saiu da matriz de responsabilidade para a Copa?

Ao assumir o nosso governo, em 2011, a obra já estava paralisada por decisão judicial. E nós, com muito esforço, com muita angústia também, aguardamos o desfecho da Justiça, que só saiu em outubro de 2011, determinando a anulação do contrato. Nós tivemos uma dificuldade muito grande e isso o Brasil inteiro acompanhou. Estou me referindo às dificuldades políticas e administrativas que Brasília atravessou em 2009 e 2010.

Voltou-se à estaca zero?

Mais do que à estaca zero, nós voltamos a uma estaca, vamos dizer assim, menos vinte. Porque tivemos que cancelar, anular um contrato em andamento, contratar perícias judiciais, perícias técnicas, para novamente ter o ponto de partida.

Foi quando se percebeu que não daria tempo para a obra ficar pronta para a Copa de 2014?
Foto: Ronaldo Silva;GDF
Filippelli 2
Nesse meio de tempo, houve uma clareza de que era impossível terminar o VLT para o período da Copa do Mundo. Lógico que esse modal restou para Brasília, vai continuar como um grande legado para Brasília, não mais dentro da matriz de responsabilidade. Mas o próprio Governo Federal concordou em transferi-lo de item dentro do PAC, que é o Programa de Aceleração do Crescimento. Então, fomos para o Programa de Mobilidade dentro de cidades.

Isso quer dizer que a obra será concluída. Inclusive tem novidades, não é?

O VLT já está sendo retomado agora, com licitação já feita da parte dos viadutos e por parte do restante de um bom trecho, o trecho número 1 - que engloba o trajeto do aeroporto ao terminal que será construído no final da W 3 Sul - já publicado e os envelopes em fase de análise.

Mas a obra da DF 047, da via de ligação com o Aeroporto Internacional de Brasília, permaneceu na matriz da Copa?

Sim, a Estrada Parque Aeroporto, que liga o JK ao centro, é o outro item que somava ao VLT na matriz de responsabilidade para a Copa do Mundo. A obra encontra-se em pleno vapor, com andamento normal, com o prazo perfeitamente definido, para conclusão antes da Copa do Mundo e, desta forma, deverá atender precisamente o proposto, que é facilitar o escoamento do aeroporto para o centro da cidade e não apenas na Copa. Durante o Mundial, porém, uma das faixas suportará um sistema de transporte exclusivo para delegações, comissões e comitivas que participarão da competição.

Porém, motoristas reclamam do transtorno que a obra vem causando ao trânsito...

Realmente existe um transtorno que nós temos nos esforçado para ser o mínimo, para prejudicar o menos possível os motoristas que trafegam pela via. Espero que a população compreenda que esse transtorno tem data para acabar e que em breve haverá uma melhoria substancial na qualidade do tráfego nessa via de ligação.

Fotos: Brito/GDF
Expresso DF Brito 1
Fora da matriz da Copa, o governo está investindo em outra obra fundamental, que é o BRT. Qual a importância dessa obra?

Ela sai da matriz de responsabilidade para a Copa, mas vai direto, vamos dizer assim, para a matriz de responsabilidade do GDF. Nós estamos tocando o BRT, que é um sistema extremamente moderno, e liga Santa Maria, Park Way e Recanto das Emas ao Plano Piloto. Trata-se do Bus Rapid Transit, mais conhecido como Veículo Leve sobre Pneus. Vale ressaltar que é o primeiro BRT efetivamente construído no Brasil. Estamos vendo outros anunciados, funcionando, sem dúvida nenhuma como uma bela iniciativa, porém, nenhum deles foi projetado, pensado desde o início, funcionando desde o início como BRT. O nosso, desde o momento da concepção, foi pensado desta forma.

E em que estágio está a obra?

A obra encontra-se adiantada. Ainda este ano teremos parte dela, quase a totalidade dela, operando, e sem dúvida alguma será uma ferramenta muito importante para esse ir e vir durante a Copa, mas também depois, para desafogar a pressão de veículos sobre o centro de Brasília. A previsão é que ela termine em maio de 2014.

E como o BRT vai beneficiar a população do DF?

O tempo de viagem, que hoje é de 90 minutos, deve ser reduzido para 40 minutos. O novo sistema é composto por veículos especiais, modernos e confortáveis. Todos equipados com GPS. Eles podem comportar 160 passageiros – quando articulado (combinação de ônibus acoplados, sendo um deles automotor) –, e 200 passageiros – se biarticulado (veículo que possui duas articulações sanfonadas e equivale a três carros convencionais). Estes últimos irão trafegar em horários de pico, quando a capacidade do sistema será de 20 mil passageiros transportados.

E serão criadas vias exclusivas para ônibus, no canteiro central da rodovia, onde estarão as estações para embarque e desembarque de passageiros usuários do sistema. O piso dos ônibus ficará no mesmo nível que as plataformas das estações.

O BRT Eixo Sul terá 43,5km de extensão, 15 estações e passarelas para acesso dos usuários aos pontos de embarque e desembarque.

Vai ser uma grande transformação na vida de todos os brasilienses e não só de quem depende de ônibus.

Expresso DF Brito 2

Há t
ambém o projeto de ampliação do metrô, a licitação das novas concessões de ônibus...
Claro, teremos a expansão do metrô e, logicamente, um outro grande conjunto de iniciativas, tais como a mudança total do transporte público com a renovação da frota de ônibus. Não estamos realizando somente a troca em si dos ônibus por veículos novos, mas, sobretudo, por um novo sistema, integrado, com bilhete único, com ônibus seguro, geridos por um centro de controle de operação que manterá a frequência dos horários.

E o próprio BRT, quando estiver totalmente implantado, permitirá a integração com outros modais de transporte, como o metrô e ônibus, para que o passageiro pague uma única passagem mesmo que precise fazer mais de uma viagem no mesmo trecho.

Isso atende a uma reivindicação antiga da população do DF, não é?
Com certeza, tudo isso forma um conjunto de ações que preparam Brasília para a Copa do Mundo, e para depois do Mundial, trazendo uma nova realidade para a cidade. E tudo isso é fruto de ações importantes dos programas do Governo do Distrito Federal, que tem como grande parceiro o Governo Federal. E tem mais. Paralelamente, um outro conjunto de grandes iniciativas está sendo feito, desde a reforma da Rodoviária, da construção de novos terminais, da implementação de linhas de ônibus executivos para o aeroporto, para o Sudoeste, faixas exclusivas para o transporte coletivo, ciclovias, ciclofaixas, troca do asfalto em pontos importantes da cidade e recuperação de calçadas. Tudo isso facilita a mobilidade dos brasilienses.

O senhor pode falar um pouco sobre o programa Asfalto Novo, que também vai melhorar a mobilidade do brasiliense?
É um programa muito importante, que tem um orçamento estimado de R$ 770 milhões e teve início em maio. Agora, está em andamento a 1ª etapa, que engloba obras no Plano Piloto, Sudoeste e Octogonal. As obras estão em pleno vapor. Estamos falando da recuperação total do asfalto e não apenas uma operação tapa-buraco. Essa etapa será concluída no final deste ano, com um investimento de R$ 154 milhões. A 2ª etapa do programa vai beneficiar as 30 regiões administrativas do Distrito Federal.

O senhor acha que é possível traçar um panorama do transporte e da mobilidade no DF antes e depois da Copa?
Brasília poderá ser - no que se refere a transporte público e mobilidade urbana - uma cidade com determinado desempenho antes da Copa do Mundo e outro desempenho depois, fruto, principalmente, da preparação para esse grande evento internacional. Isso é, sem dúvida alguma, inquestionável.

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