Flamengo e Vasco

Vascaínos e flamenguistas lado a lado no Mané Garrincha

  ComCopa

O clima foi de festa e alegria para os mais de 61 mil pagantes na primeira vitória do Flamengo na arena de Brasília

Foto: Lula Marques/ComCopa

A torcida brasiliense mostrou que no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha a rivalidade entre Vasco e Flamengo ficou apenas no gramado. Nas arquibancadas, o clima foi de festa e alegria para os mais de 61 mil pagantes, principalmente para os rubro-negros, que comemoraram a primeira vitória do seu time na arena de Brasília por 1 X 0, neste domingo (14/07).
No anel superior, as torcidas ficaram separadas. Na arquibancada inferior, vascaínos e flamenguistas sentados lado a lado, vibrando com seus times sem qualquer incidente durante toda a partida. “Foi um experiência muito boa, não tinha vindo ao Mané Garrincha. Achei o estádio bonito e de fácil acesso. Vim de carro e encontrei facilmente uma vaga no estacionamento. Brasília está de parabéns pelo estádio e pela educação da torcida. Não vi briga nem tumulto, só alegria”, contou o goiano Walter Assis, que veio de Luziânia somente para assistir ao jogo.

Para o maranhense Leandro Silva do Nascimento, que veio de Taguatinga, o “estádio tem excelente visão de qualquer lugar e está sendo muito bem aproveitado com os jogos de grandes times”, falou o flamenguista ao lado do irmão, Luis Alberto Silva do Nascimento. “Esta é a nossa segunda partida aqui no Mané Garrincha. Mas o jogo de hoje foi diferente. Foi bonito ver as torcidas incentivando os seus times. E com certeza voltaremos mais vezes”, afirmou Luis Alberto.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, considerou que Brasília deu um show fora de campo. “O estádio se mostra mais viável a cada evento, pois se tornou um ponto de encontro e de entretenimento para famílias não só do Distrito Federal, mas de todo o Brasil. Confirma-se a cada dia o estádio como nacional para todos os brasileiros. Que venham outros times”, comemorou o governador.

“Brasília demostrou mais uma vez que é a capital de todas as torcidas num grande espetáculo de civilidade e alegria. E a cada dia o estádio confirma a sua viabilidade econômica e social, alavancando o desenvolvimento do DF”, ressaltou o secretário extraordinário para a Copa, Claudio Monteiro.

Tranquilidade – A saída dos torcedores da arena ocorreu de forma tranquila. Cinco minutos após o fim da partida, o estádio já estava praticamente vazio. E 30 minutos depois do apito final, as vias ao redor do estádio já estavam com trânsito normalizado e fluindo sem retenções.

De acordo com a Polícia Militar, o jogo transcorreu sem ocorrências graves. O efetivo da PM nas áreas interna e externa do estádio foi de 1.500 homens. O Corpo de Bombeiros também não teve problemas, apenas uma criança perdida no intervalo do jogo.

Música – Antes da bola rolar, o DJ fez a festa de quem esperava o começo da partida, com repertório musical que colocou rubro-negros e cruzmaltinos para cantarem juntos. E esse clima de paz foi o outro destaque do primeiro clássico do futebol carioca no novo Mané Garrincha, válido pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.

Acessibilidade – O cadeirante José Antônio Dias foi com a esposa Vanessa Silva Dias. Apaixonado pelo rubro-negro, o morador de samambaia gostou do acesso ao estádio para cadeirantes, mas reclamou da falta de orientação e de sinalização. A mesma observação foi feita pelo empresário vascaíno Márcio Veloso, que também reclamou da liberação de bebidas no estádio. “Fere o Estatuto do Torcedor”, lembrou.

Segunda casa – No intervalo do jogo, o governador Agnelo Queiroz recebeu do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, duas camisas do time, uma autografada por todos os jogadores e outra com a frase: “Obrigado Brasília, a segunda casa da nação rubro-negra”.

“Fiquei muito entusiasmado com a beleza do espetáculo da torcida e me senti muito satisfeito em poder recompensar a torcida do DF com a vitória do Flamengo aqui no Mané Garrincha”, afirmou o técnico rubro-negro, Mano Menezes.

O Governo do Distrito Federal e a direção do Flamengo fecharam acordo, na semana passada, para a realização de cinco jogos do rubro-negro carioca no Estádio Nacional de Brasília Mané Garricha até o fim do ano. Desta forma, o clube concretiza o desejo de tornar a capital federal a sua segunda casa, por contar com a maior torcida fora do Rio de Janeiro.

A partida contra o Vasco foi o terceiro jogo do Flamengo no novo Mané Garrincha. O primeiro foi um evento-teste, contra o Santos, na abertura do Campeonato Brasileiro, com um público de 70 mil torcedores. No sábado (06/07), 55 mil pessoas assistiram ao empate por 2 x 2, contra o Coritiba. O próximo jogo no Mané Garrincha será entre Flamengo e Atlético-MG, no dia 4 de agosto.

Arena multiuso – Após receber a partida de abertura da Copa das Confederações, em 15 de junho, o Estádio Mané Garrincha ganhou uma agenda intensa de jogos do Campeonato Brasileiro e grandes eventos. O Governo do Distrito Federal e a direção do Flamengo anunciaram a realização de cinco jogos do rubro-negro carioca no Mané Garricha até o fim do ano. Além disso, a arena já recebeu seu primeiro evento cultural, com o show Renato Russo Sinfônico, no dia 29 de junho, e tem mais dois shows confirmados: Beyoncé, em setembro, e a banda de rock Aerosmith, em outubro.

Renda – Treze por cento da renda bruta do jogo deste domingo vai para os cofres do Distrito Federal, referente à taxa de aluguel do estádio. A arrecadação mostra a viabilidade econômica da arena multiuso de Brasília e se potencial para impulsionar ainda mais o desenvolvimento econômico do DF. O valor foi estabelecido pelo decreto 34.491, que define o percentual a ser recolhido pelo clube ao tesouro do GDF.