Estádio Mané Garrincha

Monitoramento total

  ComCopa

Câmeras instaladas no Estádio Mané Garrincha ajudaram a Polícia Civil a identificar e indiciar dois torcedores que causaram confusão no jogo Vasco x Corinthians. Um deles esteve preso na Bolívia acusado da morte do adolescente Kevin Espada, atingido por um rojão

Fotos: André Borges/ComCopa



As imagens feitas pelas câmeras do sistema interno do Estádio Mané Garrincha ajudaram a identificar os baderneiros que causaram tumulto na arquibancada superior durante o intervalo do jogo entre Vasco e Corinthians, neste domingo (25/8). A Polícia Civil do Distrito Federal, com base nas imagens, indiciou os torcedores do Corinthians Leandro Oliveira e Raimundo Cesar Faustino.

Os dois foram liberados no domingo, Leandro e Raimundo, no entanto, foram identificados e receberão pena de um a dois anos de prisão, por praticar e incitar a violência, disse o delegado Marco Antônio, da 5ª DP.

Raimundo Cesar Faustino é vereador e presidente do diretório municipal do PT de Francisco Morato (SP). Leandro Silva de Oliveira, fez parte do grupo de 12 corintianos preso por cinco meses na Bolívia, acusado pela morte do adolescente Kevin Espada, atingido por um rojão durante uma partida de futebol.

O material, acompanhado em tempo real da Sala de Comando de Controle foi encaminhado à Polícia Civil e ao Ministério Público do DF. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Jooziel Freire, o monitoramento em tempo real é fundamental para orientar a atuação dos policiais e identificar os focos de confusão. “Facilita a aplicação do efetivo, trazendo a possibilidade de integração e proatividade”, afirma o comandante.

Mas, além do controle pelo sistema de monitoramento, as torcidas organizadas poderão ter que se identificar antes de entrar no estádio. “Estamos analisando a possibilidade de cobrar a identificação de cada membro das organizadas na entrada da arena, com carteira de identidade ou outro documento válido. E então vão pensar duas vezes antes de arrumar confusão”, afirmou o secretario Extraordinário para a Copa, Claudio Monteiro.

Cerca de 400 câmeras com tecnologia de última geração e possibilidade de visão em 360° registraram a briga. “De qualquer ponto do estádio o torcedor pode ser identificado com riqueza de detalhes, das arquibancadas, corredor, ou mesmo da área externa. Nosso sistema é eficiente e nos ajuda a tomar decisões e elucidar atos de vandalismo, como os de domingo”, explicou o assessor especial da área de segurança da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014, coronel Lima Filho.



Controle - Da sala de comando de controle, representantes das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil e Detran controlam toda a movimentação dentro e fora da arena por meio de câmaras instaladas em pontos estratégicos.

O Centro Integrado de Comando e Controle é um conjunto salas no nível N3, da Ala Poente (voltado para o Ginásio Nilson Nelson) do estádio Mané Garrincha. A principal sala é a de monitoramento, que recebe as imagens das câmeras. No local, controladores recebem, ainda, as imagens, com riqueza de detalhes, de toda a movimentação do público em todos os níveis da areana o que permite uma análise rápida na tomada de decisões, pelo grupo de comando, que ocupa uma sala ao lado.

As outras salas, com vista para o gramado, são ocupadas pelos representantes das corporações, que acompanham visualmente as ações das torcida. “Esse Centro de Comando é fundamental para coordenar e integrar as ações das forças de segurança, permitindo ações rápidas e precisas”, ressaltou o secretário de Segurança, Sandro Avelar.