Inflação no DF marca 6,42% no acumulado dos últimos 12 meses
Ailane Silva, da Agência Brasília
Número referente ao mês de outubro está
abaixo do teto estabelecido pelo Banco Central de 6,50%
A inflação medida em outubro no Distrito Federal referente ao acumulado dos últimos 12 meses foi de 6,42% e, com isso, a unidade da federação continua abaixo do teto de 6,5% estabelecido pelo Banco Central, a exemplo do que ocorreu nos outros meses deste ano. O dado - divulgado nesta sexta-feira (7) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) – também é menor do que a média nacional, de 6,59%.
"Para o Banco Central, o que vale é a média registrada no país no acumulado dos 12 meses, de janeiro a dezembro. Por isso, ainda podemos fechar o número dentro da meta", destacou o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, ao destacar que a taxa não está fora de controle.
O presidente lembrou que a inflação é um dos assuntos mais comentados nos últimos meses, mas que é preciso perceber que o índice depende de elementos como câmbio, aumento ou queda de safras e preços administrados. "As pessoas estão falando muito sobre o aumento da gasolina, mas o aumento repassado pela Petrobras foi de apenas 3% e o último aumento de preços foi em outubro de 2013", enfatizou Miragaya.
Além de conseguir manter-se abaixo do teto, o DF neste mês apresentou variação mínima, já que em setembro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) marcou 6,41%. Já na análise mensal, o acréscimo no décimo mês do ano ficou em 0,47%, próximo da média nacional de 0,47%.
No país, os grupos que mais contribuíram em pontos percentuais para o índice foram alimentação e bebidas (0,11 p.p.); habitação (0,10 p.p.); e transportes (0,07 p.p.). Já na capital federal, os três elementos também foram os maiores responsáveis pelo número e mercaram 0,07 p.p.; 0,10 p.p.; e 0,14 p.p., respectivamente.
ALIMENTOS – Segundo o índice Ceasa do Distrito Federal (ICDF), referente ao mesmo período, a variação nos preços foi de 0,83%, sendo que as frutas aumentaram 0,44%, os legumes 0,99%, as verduras 17%, e apenas ovos e grãos que caíram -8,31%.
No setor frutífero, os principais responsáveis pelo aumento foram o limão tahiti (43,10%), maracujá extra (41%), e laranja lima (25,83%). Registraram queda a goiaba (-18,89%), a manga tommy (30,62%) e a melancia (-41,50%).
Para o grupo de legumes, as altas foram do tomate (58,32%), inhame chinês (30,87%), e batata lisa (7,51). As reduções foram para o pepino japonês (-43,86%), maxixe (-42,68%) e pepino (-36,41). Quanto às verduras, repolho (70%), alface americana (35%) e lisa (26,25%), couve-flor (22,50%) e agrião (20,42%).
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